domingo, 5 de agosto de 2007

É bom, de vez em quando, ser sincera. É bom abrir o jogo, é bom perguntar e satisfazer as curiosidades.

É muito bom ter uma inspiração para escrever, para continuar insistindo em um talento que se acredita ter - embora não com muita certeza.

É triste ver, e sentir desde o início, que essa fonte de inspiração é, pra variar, fadada ao fracasso. Ainda assim, se não fosse triste, não seria tão sentido, e, assim, não seria exatamente uma fonte de inspiração. E assim se fecha mais um círculo vicioso, desses que me levam a escrever e pensar e ser genericamente emo. Pelo menos é saudável, acho, lidar dessa forma com os próprios sentimentos.

Não vou dizer que preciso de um amor. Sempre disse que esse tal de amor é um objetivo inalcançável. Mas vou dizer, sim, que preciso me manter apaixonada. Por uma ou mais pessoas. Na verdade, pouco importa o objeto da referida paixão - o sentimento, por si só, é o bastante para me satisfazer. Só me sinto satisfeita com o vazio dentro de mim, porque daí eu fico desesperadamente tentando preenchê-lo com arte, ou como quer que queiram chamar essas porcarias que escrevo. Pra mim é arte, porque, pra mim, é belo e desperta coisas. Enfim.

Possivelmente surgirão mais uns dois ou três textos extremamente emo por aqui nos próximos dias. E, depois... Não sei. Não tenho como saber o que virá depois. Talvez eu deixe esse blog em hiato. Talvez eu arranje uma nova paixonite. Talvez eu sofra alguma recaída por alguém tirado das profundezas de um passado obscuro. Talvez o ciclo recomece...

Talvez, mas só talvez, eu me encontre no meio de todo esse caminho tortuoso que eu venho deliberadamente seguindo desde sempre.

Aconteça o que acontecer, só tenho certeza de uma coisa: sem arrependimentos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Você fala de amor e paixão de forma bem diferente de mim.
Dá uma olhada na música Longe do Meu Lado da Legião Urbana e você vai entender melhor como vejo a coisa.

http://legiao-urbana.musicas.mus.br/letras/46946/