quarta-feira, 18 de julho de 2007

Eu Sou (ou Ser ou Não Ser)

Minha casa é suja
Eu sou imunda
Eu não sou nada

Quer ver limpeza?
Olha, entra:
A casa está arrumada
Mas não olhe os armários

Não olhe meus olhos
Não tente ver
O que eu tento esconder
Até de mim mesma
O que está por trás das máscaras
Dos artifícios
Das paredes, das portas,
De mim.

Não evoque meus demônios pessoais
Eles têm vida própria
Não precisam de estímulo
Para me atormentar noite e dia
Não provoque minhas lágrimas

Eu fui tola em achar
Que havia esquecido como se chora

Eu sou um verme parasita
Que vive na carne podre
Me deixa viver
Me deixa morrer
Me deixa...

Eu preferia quando você me batia
Doía menos...

(Escrito em 2004. Parece que não fazia 4 anos que eu não chorava de verdade...)

Um comentário:

Sol Mascarenhas Neves disse...

Dee..Posso não ser sua melhor amiga.Já que vc tem essas coisas.
Mas gosto de ti. Sempre gostei, desde a época do ¨Britney Salva¨..
Por isso ás vezes te envio umas msagzinhas tímidas,é jeito de se colocar, se aproximar.Meu jeito,saca?
Vc sabe q é linda e querida.
Queria te dar uma abraço tipo 'Felícia'!!!Rss
Fica bem.
Lembrei de uma frase que tenho escrito no meu espelho do bathroom,hehe(caalma).
"Estamos todos na sarjeta,mas alguns estão olhando as estrelas"
Oscar Wilde.
Boa citação em momento oportuno.
Beijos.
Sol